Três documentos com a partitura para guitarra da canção "Eu vim de longe, eu vou p'ra longe (Chulinha)".
Estes documentos encontravam-se no acervo pessoal de José Mário Branco junto dos documentos utilizados na preparação do espectáculo "Ser solidário", porém são posteriores à data de realização do espectáculo (1980), pelo que deverão ter sido agrupado junto dos documentos originais de 1980 uma vez que a canção fez parte do alinhamento final do espectáculo "Ser solidário".
O espectáculo “Ser solidário” estreou no dia 21 de Novembro de 1980 no Teatro Aberto, em Lisboa. Nessa altura, José Mário Branco actuava com o Teatro do Mundo, do qual foi um dos fundadores após sair da Comuna – Teatro de Pesquisa, juntamente com outros actores também dissidentes.
O espectáculo “Ser solidário” tinha sido idealizado por José Mário Branco como álbum, porém não conseguiu ter apoio de nenhuma editora nacional. O compositor decidiu então mostrar as canções em formato espectáculo, aproveitando as apresentações ao vivo do espectáculo para distribuir um cheque-disco pelo público que serviria como pré-financiamento para a edição em álbum. O espectáculo “Ser solidário” esgotou assim várias sessões, tendo-se prolongado até ao ano seguinte, 1981.
O álbum “Ser solidário”, que reunia todas as canções apresentadas no espectáculo, só viria a ser publicado a 14 de Abril de 1982, marcando assim o regresso de José Mário Branco aos álbuns originais, oito anos depois do fim do seu exílio em Paris.
No terceiro documento é possível observar a partitura de duas canções: “L’importante c’est la rose”, de Gilbert Bécaud, e “Jolie môme”, de Léo Ferré.